quarta-feira, 25 de maio de 2011

Amargura

O que sinto são proposições obscuras
Proporção entre as partes de um todo
Saber que a desgraça
É um ensaio funesto
Onde escurecer-se e anuviar-se fazem parte
Sentir na boca o absinto, o fel...
Sentar sobre um sofá amarelinho
Pálido, descorado, contrafeito
Refletir o riso amarelo
Satirizar
Censurar certo vícios
Preceitos de uma herança moral
Enquanto a vida
Esse estado de atividade incessante
Corre solta
Tempo que decorre
Entre o nascimento e a morte
Esse intervalo
Distância que separa dois sons
Deixam-nos sempre no limite
Consistir unicamente em não passar de restringir-se

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