
Quando as estrelas imaginárias aparecem
Por longos encantos adormecem
Quem se arrisca a escrever uma só regra
Onde, ao menos, se encontre a palavra certa
Que descrevam os meus gestos mudos
Fatalidade atroz que o corpo esbarra
Extingue dessa hora a sensatez do mundo
Se for delírio ou se é verdade
Astros, noites, tempestades
Varrei os mares
Abrindo o horizonte imenso
E no silêncio astral da imensidade
Sutis palpitações
Que tão gentis se revelam
Seja assim como dizeis
Mandar vir: a lenha, o fogo. A fome, a sede. A chave, a porta. Os abraços honestos. Os beijos na mão. O bimbalhar dos sinos. Os fachos purpurinos.
Pra clarear os olhos do menino
Envolver sua tez
Corado cravo nascido
Vós nascestes para o riso
Pois bem! Talvez liberte o peito
Como o escravo que entoa seu canto
E a meia voz te respondo:
No molejo que vem
Te espero.
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