domingo, 30 de outubro de 2011
sábado, 29 de outubro de 2011
Travessia
No tempo em que andei perdida cercava-me o gelo, a morte, a indiferença. De repente em meio à penumbra do lugar, à meia luz, um coração e sua síndrome de ausência: Angústia profunda, dores corporais e viscerais generalizadas.
Na última vez que vi a pessoa que amei, o vexame foi outro, mas puro amor mais não foi.
- era travessia.
Na última vez que vi a pessoa que amei, o vexame foi outro, mas puro amor mais não foi.
- era travessia.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Fatalidade

Quando as estrelas imaginárias aparecem
Por longos encantos adormecem
Quem se arrisca a escrever uma só regra
Onde, ao menos, se encontre a palavra certa
Que descrevam os meus gestos mudos
Fatalidade atroz que o corpo esbarra
Extingue dessa hora a sensatez do mundo
Se for delírio ou se é verdade
Astros, noites, tempestades
Varrei os mares
Abrindo o horizonte imenso
E no silêncio astral da imensidade
Sutis palpitações
Que tão gentis se revelam
Seja assim como dizeis
Mandar vir: a lenha, o fogo. A fome, a sede. A chave, a porta. Os abraços honestos. Os beijos na mão. O bimbalhar dos sinos. Os fachos purpurinos.
Pra clarear os olhos do menino
Envolver sua tez
Corado cravo nascido
Vós nascestes para o riso
Pois bem! Talvez liberte o peito
Como o escravo que entoa seu canto
E a meia voz te respondo:
No molejo que vem
Te espero.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
O animal da floresta
De madeira lilás (ninguém me crê)
se fez meu coração. Espécie escassa
de cedro, pela cor e porque abriga
em seu âmago a morte que o ameaça.
Madeira dói?, pergunta quem me vê
os braços verdes, os olhos cheios de asas.
Por mim responde a luz do amanhecer
que recobre de escamas esmaltadas
as águas densas que me deram raça
e cantam nas raízes do meu ser.
No crepúsculo estou da ribanceira
entre as estrelas e o chão que me abençoa
as nervuras.
Já não faz mal que doa
meu bravo coração de água e madeira
Thiago de Mello
se fez meu coração. Espécie escassa
de cedro, pela cor e porque abriga
em seu âmago a morte que o ameaça.
Madeira dói?, pergunta quem me vê
os braços verdes, os olhos cheios de asas.
Por mim responde a luz do amanhecer
que recobre de escamas esmaltadas
as águas densas que me deram raça
e cantam nas raízes do meu ser.
No crepúsculo estou da ribanceira
entre as estrelas e o chão que me abençoa
as nervuras.
Já não faz mal que doa
meu bravo coração de água e madeira
Thiago de Mello
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
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