Silêncio.
Contradições dilatam
Meu corpo
Uma dor comprime,
Ponta a ponta
Um gemido,
A picada da anestesia,
O bisturi traça a linha
Sinto rasgar o ventre
E nascer uma nova poesia.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Fevereiro
Perante a vida empalidece. A alma pede por silêncio e prece. Se a dor é de ranger os dentes, cresce-me um novo ramo. Embora me doa rasgar a pele, a vida muda, o tempo muda, muda...! Nesta vida um soneto já ditei. E de medíocre já basta os sapatos que sozinhos iam, vinham. Contra o meu coração preguei a guerra mais dura, mas não sou fortaleza para amor tirano, muito menos resistência, longe de mim um peito com dureza, onde existe? Não sei. Isto posto, meu coração batia sem saber, ninguém assistiu o seu enterro quimérico ao encontrar o mundo que ele encheu, vazio! Mas, lá fora cresce a chuva, crescem os rios e dissolva-se, portanto, essa velha vida, igualmente o meu coração depois da morte. Então mais vivamente, sem violência da mágoa, erguer a cabeça, pintar no canto escuro do quarto o estrago, e vê, amor sem lágrimas, choro sem pranto, volúpia sem dor. E no silêncio sentir a agitação de um pulso sem febre, reconhecer as palavras doces esquecidas cá dentro. O rebater do coração se ouvia, é num ponto só, mas, é vida novamente.
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